The website is also available in
Português
BLOG

Como adotar a cultura da Aprendizagem Gerada por Funcionários

Se você está lendo este artigo, é possível que já conheça ou tenha ouvido falar da Aprendizagem Gerada por Funcionários. Mesmo que não seja o caso, confira nossa introdução a este conceito abaixo e explore as possibilidades dessa metodologia para a sua organização.

5 min. • Danielle Agass
Een groepje mensen werkt in een vergaderruimte. Een persoon staat en wijst naar aantekeningen.

De forma resumida, a Aprendizagem Gerada por Funcionários (vamos abreviar com a sigla AGF) é um modelo de aprendizagem e desenvolvimento que coloca os funcionários da empresa ou especialistas no assunto como protagonistas da criação de conteúdo de formação, em vez de atribuir essa função primariamente ao setor de T&D. Afinal, são os seus funcionários que têm a expertise e o conhecimento a ser compartilhados.

Abrir mão da abordagem tradicional, que envolve um longo processo de elaboração de formações junto a designers instrucionais, lhe permite criar mais conteúdos com mais rapidez e menor custo.

Mas para isso, é preciso mudar a forma como sua equipe, seus colaboradores e até sua organização como um todo pensam e trabalham. Muitas vezes, a mudança causa discordâncias.

Os gerentes de aprendizagem da Nielsen, da Kellogg’s e da Unilever (três empresas que implementaram a AGF) concordam em um ponto: o primeiro passo para implementar essa abordagem é mudar a mentalidade das equipes interessadas. Como fazer isso? É o que vamos ensinar neste artigo.

O segredo para mudar a mentalidade de sua organização é explicar os diversos benefícios da AGF aos colaboradores, ao setor de T&D e à empresa como um todo. Vamos conferir como você pode fomentar essa nova cultura junto a cada um desses grupos envolvidos.

Colaboradores e especialistas no assunto

Seus colaboradores são a pedra fundamental para criar uma cultura de Aprendizagem Gerada por Funcionários. O nome já diz! Envolvê-los é um passo-chave. Felizmente, há diversos benefícios da AGF que podem ajudar a incentivar essa mudança de cultura.

  • Reconhecimento. Sua gerente de vendas tem excelente expertise no seu produto, mas sem a AGF, ela só é reconhecida dentro de sua própria equipe: aqueles que trabalham em seu entorno imediato. Quando recebe a oportunidade de criar conteúdos que levarão seu nome, ela passa a ser conhecida em todo o setor por sua expertise.
  • Oportunidades de conexão com outros especialistas do setor. Sem a AGF, os especialistas no assunto em geral não conhecem uns aos outros – isso é particularmente comum em organizações maiores. A Easygenerator já observou a mudança em muitos clientes, que passaram a ver seus especialistas no assunto criando conexões uns com os outros e colaborando juntos em projetos graças à AGF.
  • Maior engajamento no trabalho. Os colaboradores passam a assumir um papel ativo no desenvolvimento pessoal e da equipe, em vez de simplesmente receber conteúdos do setor de aprendizagem numa abordagem “de cima para baixo”. Quando se envolvem diretamente no processo de aprendizagem, eles se tornam mais engajados, passam a ter mais autonomia na escolha dos conhecimentos a serem compartilhados e têm a oportunidade de criar ativamente novos conteúdos.
  • Economia de tempo. Voltando ao exemplo da sua gerente de vendas: como especialista no produto, ela precisa dedicar certo tempo da sua agenda (que já é apertada) para conseguir treinar novos colaboradores, duas vezes por mês. Com a AGF, ela pode simplesmente transmitir sua expertise em um curso, que pode ser disponibilizado para os novos funcionários. Isso dá a ela mais tempo para se dedicar ao que ela faz de melhor – impulsionar as vendas.

Gestores, supervisores e líderes

Esses líderes são outro grupo-chave que você precisa conquistar. Para que a AGF dê certo, eles precisam comprar a ideia, apoiando, permitindo e facilitando.

A Easygenerator tem visto em suas pesquisas que, entre os fatores centrais que motivam os funcionários a compartilhar seu conhecimento com outros, estão “o reconhecimento, a valorização e a visibilidade”. A forma como os líderes se posicionam tem um impacto enorme sobre esses fatores. A mesma pesquisa mostra que entre os fatores que mais desencorajam os funcionários nessa questão estão “não ter tempo”, “ter outras prioridades no trabalho” e “falta de reconhecimento”. Os líderes e gerentes têm o poder de investir em todas essas áreas e criar um ambiente de trabalho que valorize e recompense o compartilhamento de conhecimento.

Porém, alguém poderia perguntar: que interesse teriam em criar um ambiente assim?

  • Redução de custos. No mundo dos negócios, valores são muitas vezes o fator decisivo. Na Easygenerator, observamos que nossos clientes conseguem otimizar significativamente seus custos quando adotam a AGF, em vez de contratarem designers instrucionais terceirizados.
  • Velocidade. A AGF também é muito mais rápida. Na AGF, em vez do longo processo de elaboração que envolve designers instrucionais, o setor de T&D e especialistas no assunto, o conteúdo vem direto da fonte do conhecimento: os colaboradores. Essa é a única maneira de fazer com que o treinamento acompanhe o ritmo dos negócios.
  • Conteúdo sempre atualizado. Quando os especialistas no assunto são os responsáveis pela elaboração, o conteúdo de treinamento passa a estar diretamente ligado ao conhecimento. Esse é o fator mais importante para se conseguir manter o conteúdo atualizado.
  • Adequação às demandas. Os seus funcionários têm mais conhecimento prático sobre as demandas reais da empresa do que qualquer instrutor externo. Quando você confere à sua equipe autonomia para compartilhar conhecimento, o conteúdo se torna muito mais relevante, por estar focado em soluções adequadas às demandas concretas da empresa.

Desenvolva uma cultura de compartilhamento do conhecimento

Veja dicas e práticas recomendadas para adotar a cultura de

compartilhamento do conhecimento na sua estratégia

de aprendizagem e alcançar melhores resultados.

Aprendizagem e desenvolvimento

A AGF também é vantajosa para o próprio T&D. Ela representa uma mudança enorme na forma como o setor desempenha sua função. Afinal de contas, é uma abordagem que, uma vez adotada, tem muitos impactos sobre a empresa como um todo.

Como a maior parte da criação de conteúdo é atribuída aos próprios funcionários, você provavelmente passará a focar seu desenvolvimento de formações em tópicos como conformidade e treinamentos de segurança. Assim, o papel do designer instrucional passa a ser, em vez de criar, cocriar, curar e orientar.

Aqui vão algumas vantagens de se adotar essa nova cultura e mentalidade:

  • Mais resultados. Deixando de lado o longo processo de elaboração tradicional, você consegue atender a mais demandas de aprendizagem.
  • Maior produtividade com menos recursos. Essa é uma grande vantagem, visto que o orçamento e as equipes de T&D têm sofrido uma redução crescente em várias empresas. Um de nossos clientes, a T-Mobile, conseguiu produzir cinco vezes mais conteúdo de treinamento com apenas 25% dos recursos que antes alocava ao T&D.
  • Mais tempo para dedicar ao desenvolvimento estratégico. Como sua agenda já não fica mais tão lotada com a criação de conteúdo, você tem mais tempo útil para focar em planejamento estratégico e para priorizar a promoção de iniciativas de T&D.
  • Maior impacto. O T&D passa ter uma influência muito mais ampla na empresa quando utiliza especialistas no assunto de vários setores. Uma equipe mais visível gera um impacto mais visível.

A resistência a novidades é sempre fruto de uma visão negativa daquilo que é diferente. Quando você substitui essa desconfiança e resistência com o reconhecimento de todos os benefícios que ela pode trazer, torna-se muito mais fácil implementar a cultura da Aprendizagem Gerada por Funcionários de uma forma que envolva todos os grupos interessados.

Vamos implementar a Aprendizagem Gerada por Funcionários?

Teste gratuito Agendar demonstração

Sobre a autora

Danielle Agass foi escritora de e-learning na Easygenerator e tem vivido a escrita desde a infância. Nascida na Inglaterra, se mudou para os Países Baixos em 2018 com seu marido e o gato do casal, Ron.